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Revista de primavera nº 192

março 2011
€4,00

N.º 192, série II - primavera 2011

004. editorial


Faz sentido uma Primavera mais solidária e insubmissa – é preciso, é urgente
Isabel Baptista

006. Alice Pestana, educadora republicana


En más de una ocasión hemos escrito que Alice Pestana es la auténtica embajadora educativa entre Portugal y España entre los siglos xix y xx. Pero no desempeña esa tarea desde cualquier posición, sino desde una lectura republicana de la sociedad, la educación, la vida.
José M. Hernández Díaz

007. Mulher, professora…


Claro que não fui melhor professora por ser mulher. Mas acredito que me tornei uma mulher mais inteira por ter sido professora!...
Ana Brito Jorge

008. Miguel Santos Guerra


“Uma escola perfeita seria uma comunidade educativa que tivesse em conta o lugar onde está inserida, que conhecesse bem a sua realidade, porque sem conhecer o contexto não se pode entender bem o texto. Seria uma escola com muita participação dos alunos, com um programa que supusesse uma preparação para a vida, com dinâmicas inovadoras, não rotineiras, integrada por profissionais que amassem a sua profissão, dirigida por um líder ou por um conjunto de pessoas que ajudassem os outros a crescer. Uma instituição criativa, com capacidade para se reinventar, flexível, com possibilidade de modificar as coisas que estão a ser feitas, com uma enorme capacidade de exigência, com capacidade de auto-crítica. Diria também que deve ser uma instituição aberta, em dois sentidos: que saia, que se encontre com o que está à sua volta, e que o que está à sua volta entre, que o exterior entre na Escola, que não esteja isolada”.

017. Avaliação, prática e experiência vivida


Parece fundamental que em qualquer processo de avaliação se tenha na devida conta a prática e a experiência vivida pelos intervenientes, articulando-as, quando necessário, com abordagens mais baseadas no pensamento criterial.
Domingos Fernandes

018. Avaliação de desempenho docente?! Mas não há nada para avaliar...


O colega entrou com alguns horários na mão – um deles, o dela. Logicamente, perguntou-lhe o que andava ele a fazer com o horário dela; e ele: que era para tentar encontrar um tempo comum para que pudessem reunir todos.
José Rafael Tormenta

020. Para uma avaliação dos padrões de desempenho


O despacho reflecte os pressupostos do nosso sistema educativo e das orientações que o inspiram, os quais são, por isso, plasmados no delineamento da identidade dos professores olhados como seus agentes e garantes principais.
Adalberto Dias de Carvalho

022. El paraíso perdido de la educación


Desespera que se ponga énfasis en la globalidade del enfoque para superar la crisis de las escuelas y el desamparo de quienes las abandonan, apelando a las políticas sociales, sin que la Educación Social y su Pedagogía se nombren.
José A. Caride Gómez

024. Olhar para um trabalho invisível


Nas escolas públicas, todos sabem que trabalham com um tecido social rasgado, extremamente minado, onde a mínima faísca provoca desastres.
Os GAAF facilitam uma abordagem multifacetada dos problemas.
Pascal Paulus

026. Pobreza infantil é cada vez mais visível


Chegou a andar com umas sapatilhas rotas à frente. As roupas nem sempre acompanham o crescimento dele, e por isso as mangas da camisola são bastantes mais curtas do que os braços.
Reportagem de Maria João Leite e Teresa Couto

033. investigar para desocultar


Predominam no terreno de acção do professor evidências e fachadas que escondem o seu contrário, opiniões dominantes e versões oficiais que nem sempre promovem processos educativos justos e inclusivos.
Carlos Cardoso

034. Pedagogias críticas sem redencionismo


Os resultados concretos da educação escolar, entendidos através da experiência da relação pedagógica entre professores e alunos, não podem ser reduzidos a termos absolutos e universais de falência completa ou sucesso total.
Gustavo E. Fischman e Sandra Regina Sales

036. Escola Pública em versão minimalista


Se tivéssemos um Ministério da Educação que entendesse a Escola Pública como uma necessidade crucial, e não um Ministério das Finanças que a remete para a coluna das despesas, o rumo das coisas seria possivelmente outro.
Ariana Cosme e Rui Trindade

038. “Os tempos que correm não são fáceis, mas noutras épocas também já houve problemas graves e as pessoas conseguiram ultrapassá-los. Sozinhos pouco conseguiremos fazer.

Trabalhando uns com os outros, nas escolas, nas associações, poderemos fazer muita coisa. O ensino da Matemática é essencial na sociedade actual, pelo que os conhecimentos que os jovens possam adquirir são essenciais a uma vida de cidadão mais completa e mais proveitosa. Os professores de Matemática precisam de estar conscientes do importantíssimo papel que desempenham na formação dos jovens”.
Jaime Carvalho e Silva

044. Como se a magia alquímica tivesse atingido os seus limites


Em apenas dois séculos, a Química colocou à disposição da sociedade muitas dezenas de elementos anteriormente desconhecidos, abarcando praticamente toda a tabela periódica.
Rui Namorado Rosa

046. Congresso do SPN: reflectir para melhorar


Não têm sido anos fáceis para os professores e para a Educação em Portugal. Foram anos de conquistas, de acordos, de recuos, de desilusões, de medidas que levaram milhares de docentes a sair à rua em algumas das maiores acções reivindicativas e de descontentamento já realizadas. Agora é tempo de reflectir, de expor preocupações, de partilhar e de encontrar propostas de resolução para os problemas que os afectam.
Reportagem de Maria João Leite, Gonçalo Moreira da Silva e João Paulo Coutinho

054. Manuela Silva


“Os professores têm um papel extremamente importante na sociedade. E esta valorização do papel social, político e económico do professor é um dos aspectos fundamentais que os sindicatos devem assumir e valorizar cada vez mais.
Por outro lado, enquanto classe profissional, temos problemas idênticos a outros trabalhadores, mas também problemas específicos inerentes à nossa actividade. É este tipo de trabalho, que implica envolvermo-nos em tudo o que diz respeito à educação, e simultaneamente na luta mais geral contra a exploração e em prol de uma sociedade mais justa, que caracteriza desde o início e continua a ser a matriz da Fenprof e dos seus sindicatos”.

062. Construir um conhecimento prudente


Não se deve excluir qualquer epistemologia de investigação. Pelo contrário, o carácter complexo e casuístico que existe na Educação é a melhor abordagem para processos e pessoas, também elas complexas e singulares.
David Rodrigues

064. nós e os outros


Uma escolarização segmentada por identidades dificilmente facilita a integração e muito menos elimina do imaginário social a divisão entre o próprio e o alheio.
Xavier Bonal

066. A educação superior, o conhecimento e as competências


Os ‘resultados da aprendizagem’ e as ‘competências’ são apontados como elementos essenciais nas reformas. Embora seja ainda cedo para identificar as suas reais consequências, urge o debate sobre os conceitos e aquilo que eles parecem colocar em jogo.
António M. Magalhães

068. Business as usual ou um ensaio de economia pura


Assistimos à emergência de um sector financeiro pujante como nunca na história (a economia de casino, como alguns a têm vindo a designar), que submerge toda a actividade económica clássica e que está na base da eclosão da crise actual.
Manuel António Silva

070. Os caminhos da escola e os trilhos da vida


Através de um trabalho etnográfico com alguns alunos que estiveram pelo menos 10 anos sem estudar, procura-se compreender o como e o porquê do regresso à escola, a sua trajectória social, as motivações, as preocupações e as transformações na vida pessoal e profissional.
Sara Mónico Lopes

072. recursos para a educação para os media


"Mais do que condenar ou justificar o inquestionável poder dos media, urge aceitar o seu significativo impacto e a sua difusão através do mundo como factos consumados, valorizando ao mesmo tempo a sua importância enquanto elemento de cultura no mundo hodierno”.
Sara Pereira

074. A ‘circulação científica’ em educação


A socialização dos conhecimentos científicos é crescente, e esta nova configuração do modo de comunicação tem implicações diretas no campo da Educação.
Alessandra Nunes Caldas

076. Decifrar as pedagogias culturais do presente


Cada vez mais, o alfabetismo cultural implica o domínio de gramáticas complexas que ultrapassam amplamente as versões mais simples de leitura e escrita que conhecemos.
Marisa Vorraber Costa

078. Quando a saúde é esquecida em todas as políticas


Para que se definem metas e objectivos específicos, se delineiam estratégicas, políticas e actividades, se no processo de concretização dos projectos se perde a consciência e o foco do objectivo e da política de saúde?
Débora Cláudio

079. Quem é o intruso?


Por passarem longas horas como utilizadores da internet, muitos jovens defendem possuir um sentido de mestria e de análise das situações que nem sempre é o mais adequado.
Rui Tinoco

083. sobre a natureza das letras


As letras são generosas, atentas à nossa sede de evasão, disponíveis em todo o espaço da nossa habitação, permanentes, desde a manhã em que nos insinuamos perante o mundo até que dele nos despedimos para esse destino de que elas nos aliviam, como nos aliviam das certezas e do tédio.
Luís Vendeirinho

084. Entre a levedura e a leviandade vai uma enorme distância. Penso que há muita leviandade em algumas coisas que se dizem por falta de tempo de levedura!
André Escórcio

086. A questão do neoliberalismo


Só o Estado pode representar consensos entre cidadãos. O mercado não pode nem está interessado em servir de mediador. O mercado não é um deus, nem um ser humano, pensante e imparcial.
Carlos Mota

087. ser no tempo: distância do presente


É pelo conhecimento que o ser bruto ascende ao plano da existência, estando a nossa consciência pressuposta na da existência no mundo.
Ivonaldo Leite

088. A inteligência competitiva e o espectáculo desportivo


A multidimensionalidade da Sociedade da informação exige, também dos fazedores do espectáculo desportivo, mais informação e mais cultura.
Manuel Sérgio

090. O impossível necessário


Não há revolução social sem revolução intelectual, que, entre outras questões, assume a luta por uma sociedade justa e igual como uma luta contra o capitalismo selvagem, na qual a escolarização pública deve estar na linha da frente.
João Paraskeva

092. O exame das palavras


Feito o balanço do exercício que dominou o “inverno do nosso descontentamento”, a situação líquida já apurada remete-nos para a reflexão de um reputado mestre das Ciências Sociais, como preparação para o complicado “exame” das palavras proferidas pelos protagonistas.
Leonel Cosme

094. Era uma VEZ... Um contador de histórias


Em boa hora, a arte de contar, a beleza e a criatividade do imaginário do conto tradicional português ganham lugar de relevo.
Reportagem de José Paulo Oliveira

097. Potemkin sempre “O que não sei é se a beleza se justifica por si só – e o mesmo pode dizer-se do conhecimento.


Ou, dito de outro modo, prefiro a Arte que se funda num sentido moral”.
Paulo Teixeira de Sousa

098. Peniche: memória da resistência


No forte de Peniche, o Museu da resistência evoca a funesta utilização do lugar durante a ditadura do Estado Novo, quando o forte se transformou em presídio político.
Humberto Lopes

102. Fui ao Chile e não o achei


Santiago é hoje uma cidade que nega seu passado. A política implícita nas ruas parece tão eficiente e pragmática quanto a da gestão dos grandes negócios do capital. Que sociedade ensina Santiago hoje?
Cláudio Barría Mancilla

104. O multiculturalismo falhou... O senhor que se segue?


O que potencialmente está a florescer é o exercício da expressão cívica num contexto de opressão consentida e tolerada pelo chamado mundo livre ocidental.
Paulo Raposo

106. What is your name?


Nessa tarde, o Carlos chegou excitado a casa: vamos ter umas disciplinas novas, mãe. Música, Desenho e inglês...
Angelina Carvalho