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Revista de inverno nº 191

dezembro 2010
€4,00

N.º 191, série II - inverno 2010

004. editorial

A mudança necessária e desejada é possível
Isabel Baptista

006. MANUEL LOFF

“Sublinho que me parece particularmente paradoxal o momento específico, a conjuntura histórica na qual estamos a comemorar os 100 anos da República, em que o poder político e económico actua contra os cidadãos, desejando que não reflictam, que não reajam, que aceitem passivamente decisões que constituem verdadeiros ataques aos seus direitos enquanto cidadãos. De um exército de cidadãos falava a República há um século. Hoje há, nitidamente, um ataque feroz, de um despotismo pseudo-económico, sobre os cidadãos. Isto é claramente anti-republicano”.

013. Mulheres da 1ª República: a (nossa) dívida

No es justo, no es lógico que el trabajo tenga que realizarse a costa de la familia, de la salud o del descanso. Hay que decir basta. Alguien tiene que poner coto a esta insensatez progresiva.
Ana Brito Jorge

016. Viagem aos ideais republicanos

O valor do indivíduo, a formação dos cidadãos, o papel dos professores ao longo dos 100 anos da República, foram temas centrais do colóquio “Educação e Res Publica”, promovido pela Página.
Maria João Leite

020. Professor, profissão de futuro

Ser professor é uma profissão de futuro – ainda que uma das marcas mais dramáticas do presente profissional seja, precisamente, uma enorme falta de confiança no futuro.
Mário Nogueira

024. O debate e a acção devem prosseguir 

O debate e a acção devem prosseguir em torno da educação e da res publica, em torno da educação no espaço público. Por nós, prosseguirão.
Ana Brito Jorge

025. Ainda a República: o analfabetismo

Fechou-se o ciclo do centenário, mas talvez venha ainda a propósito invocar algumas questões em aberto entre Educação e República. Uma delas é a do analfabetismo.
Manuel Matos

026. Ensino e política de significações

Museus, teatros, jornais, laboratórios, fábricas, centros de dia, ou simplesmente o jardim ou a caixa registadora do bar da escola, e enfim, a rua em que moramos, são potenciais espaços e tempos de aprendizagem.
José Rafael Tormenta

028. As palavras, ainda…

Este é um tempo em que teremos de entender, definitivamente, que o rigor terá de ser assumido como instrumento estratégico de acção e de resistência política.
Ariana Cosme e Rui Trindade

030. Por que faltam professores de Matemática em Portugal?

Ninguém pode ser considerado professor pelo facto de se ter candidatado a um concurso, mesmo que esporadicamente tenha dado aulas em substituição de um professor.
Jaime Carvalho e Silva

032. A universidade neoliberal, a crise e a solidariedade

No Reino Unido já se acena com a privatização do Ensino Superior. Na Colômbia, o académico Miguel Beltrán recusou-se a ficar calado face à repressão e está detido desde Maio.
Mário Novelli

034. JOSÉ HERNÁNDEZ DÍAZ

El acceso a los bienes de la Educación y de la escuela obligatoria de millones de ciudadanos ha generado nuevos problemas de orden cuantitativo, y sobre todo cualitativo. Ello obliga a un tratamento científico de las nuevas circunstancias, com criterios de firme racionalidad. No es suficiente lo que entonces se conocía como la vocación pedagógica, la pedagogía del amor, de la paciencia, aunque todas estas formas de educar sean instrumentos imprescindibles en un proceso educativo. Hay que saber añadir el valor especial que representa la actuación pedagógica planteada con la necesaria racionalidad, formación, espíritu científico, crítico en definitiva.

040. Conocer, aprender, cambiar

Los três se constituyen como la base o el caldo de cultivo, a partir del cual los procesos de toma de conciencia y de empoderamiento van a constituir a los sujetos individuales y comunitarios.
Xavier Úcar

042. Comaprender

A Escola restringe oportunidades de aprender através de modelos de interacção. Talvez fosse de perguntar se a avidez pelas TIC não será compensatória da pobreza relacional que a Escola oferece.
David Rodrigues

044. Para além do discurso do mérito

A igualdade depende da criação de condições diferentes que permitam o acesso de crianças e jovens diferentes às mesmas oportunidades de sucesso.
Isabel Menezes

046. Produtividade: quando o trabalho é esforço

Se o desemprego dos mais qualificados sobe, é a formação nas universidades não é de qualidade; se o emprego dos menos qualificados sobe, é por causa do abandono e do insucesso escolar...
Henrique Vaz

048. A patologização da diferença em territórios escolares

Se o aluno diferente for enviado sistematicamente para o psicólogo da escola, a intenção de mediar tensões e diversidades pode resultar numa visão dos territórios mais próxima de um hospital do que de uma escola para todos.
Ana Vieira e Ricardo Vieira

050. Gênero, sexualidade e seus desafios aos currículos

Os currículos não são neutros e não acontecem em vazios culturais, políticos, ideológicos e econômicos.
Marcio Caetano

052. Diversidade e identidades nas escolas

Precisamos aprender a reconhecer e acolher distintos modos de ser, variadas experiências de vida, particularmente daqueles que forjam sua existência em sociedade que os desqualifica, marginaliza, explora.
Petronilha Gonçalves e Silva

054. Filmes de infância ou filmes sobre a infância?

Frequentemente, os filmes de infância revelam processos figurativos, narrativos, lineares. Mas existe uma outra categoria, que busca uma imagem diferente ou mais justa da infância.
José Miguel Lopes

056. Literacia, media e cidadania

Ou fazemos de conta, ou nem nos apercebemos que o défice de informação pública constitui uma permanente ameaça à vida das pessoas e à vida democrática.
Manuel Pinto

058. Olhares e funções

A discussão do que se vê não é simples. Implica uma multiplicidade de questões como o fantasma do olhar cultural, nas suas relações com lugares sociais e posições assumidas.
Raquel Goulart Barreto

059. Literacia, media e cidadania

O Movimento Olímpico foi um espaço onde, em alternativa à guerra dura e pura, os homens colocaram nos terrenos desportivos a sua necessidade inata de confrontação.
Gustavo Pires

060. CHISAE

Children’s Songs Across Europe é um projecto eTwinning, fruto de um momento de inspiração portuguesa e de um grupo de professores e alunos de cinco países europeus.
Betina Astride

062. Portugueses mantêm ideia tradicionalista face à pobreza

O Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social chega ao fim. Um ano de iniciativas através das quais se procurou chamar a atenção da opinião pública e mobilizar o poder político e a sociedade civil.
Ricardo Jorge Costa

068. Investimento na educação é a arma para combater a pobreza e a exclusão

Procurámos saber a opinião dos docentes sobre a pertinência do Ano Europeu. Questionámos o que pensam, quais as respostas possíveis e até que ponto as escolas estão sensibilizadas para estas questões.
Ricardo Jorge Costa

072. O direito a viver em família

O sistema de protecção de menores está centrado no acolhimento em instituição, numa tendência que se tem acentuado e que não tem paralelo na União Europeia.
Paulo Delgado

075. Os tortos adquiridos

Só tem direitos adquiridos quem já tem muito.

Os banqueiros, por exemplo, que reclamam por menos Estado, querem que o Estado lhes dê dinheiro. E o Estado dá!
Carlos Mota

076. E os encarregados de educação?

Com planeamento e atenção especial aos recursos disponíveis e aos contextos de aplicação, é possível integrar os encarregados de educação em programas de promoção de saúde.
Nuno Pereira de Sousa

078. Netiquete: uma proposta de intervenção em grupo

O mais importante na utilização da internet não é a tecnologia ou o suporte informático, mas a reinvenção de valores educacionais, morais e éticos nos mundos virtuais.
Rui Tinoco

080. Biodiesel

O problema energético assenta em três vertentes: escassez de recursos; dependência dos povos relativamente aos países detentores de reservas de combustíveis fósseis; agravamento da poluição ambiental.
Departamento de Conteúdos Científicos

082. GRAÇA MORAIS

“Eu sempre gostei muito de dar aulas, e tive, nesse aspecto, uma relação muito especial com a Escola Básica de Guimarães. Foi onde tive os alunos mais criativos e o meio ambiente mais inspirador – toda a cidade era, aliás, muito inspiradora. E como dei aulas logo após o 25 de Abril, tive a sorte de usufruir de uma grande liberdade de trabalho. Penso que foram anos muito ricos para mim, porque aprendi com os alunos e também sinto que lhes dei muito. Hoje em dia, ainda encontro muitos deles, já adultos e com filhos, e o reencontro é sempre muito gratificante. E sinto o mesmo da parte deles. Acho que foi o lugar onde fui melhor professora”.

090. “Metropolis” renascido

Depois de uma produção atribulada e de cortes indiscriminados dos produtores, está disponível a director´s cut, embora ainda não a definitiva.
Paulo Teixeira de Sousa

092. In memoriam Arthur Penn

Para o autor de Vício de Matar, um filme só fazia sentido se reflectisse as preocupações e as tensões sociais, embora pudessem não estar directamente representados factos ou situações
Salvato Teles de Menezes

094. Desesperadamente procurando um crítico literário

Acredito que o tenha feito por ingenuidade, por imaginar que basta pôr cá fora um livro “à José Rodrigues dos Santos” para que todas as portas se abram.
Júlio Conrado

096. A literacia como expressão de progresso

Todos os dias surgem novos veículos que convidam a uma nova relação com os objectos de comunicação. Nisto, estamos numa idade das trevas, para a maioria dos cidadãos.
Luís Vendeirinho

098. Um património precioso

Reduzir José Afonso ao cantor de intervenção é induzir no grande contingente de distraídos a ideia de menoridade artística, (mal) associada à canção política.
Guilhermino Monteiro, João Lóio, José Mário Branco e Octávio Fonseca.

100. Porto sentido

Quem quiser entender o Porto e a sua identidade, terá de perceber o significado das glórias do futebol para uma cidade que não desistem de condenar a uma modorra e a uma vida vegetativa.
Miguel Carvalho

102. O neo-realismo na ilustração

A Casa-Museu Manuel Ribeiro de Pavia tem um pequeno, mas significativo, acervo de um dos mais notáveis ilustradores do século XX português.
Humberto Lopes

106. Tempo de balanço

Em tempo de balanço apuram-se os resultados, para saber se se deve continuar, se se deve declarar a insolvência ou a falência.
Leonel Cosme

108. Por uma “revolução integrada”

O presidente do Governo da Madeira não quer pessoas educadas, confiantes e de livre pensamento. A manutenção de uma certa ignorância faz parte do sistema e do seu projecto.
André Escórcio

110. Charme de Basie contagiou o “Charmoso” e Sinatra aplaudiu

Quem canta bem, canta bem qualquer coisa. E cantar bem não é exibir oitavas graves e agudas, é respeitar as palavras e atribuir-lhes o tempo em que o compositor se inspirou.
António Ferro

112. Messenger: Stooooooooora!

Marisa tinha as defesas sempre erguidas, com tendência para partir para o ataque mesmo antes de perceber o que se queria dela...
Angelina Carvalho