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Revista de outono nº 194

setembro 2011
€4,00

N.º 194, série II - outono 2011

004. editorial

Apesar do outono… acreditar numa saída!...
Ana Brito Jorge

006. DOMINGOS FERNANDES

“Eu penso – e sei que este pensamento não é propriamente o mais comum – que este é um momento de grande oportunidade para o sistema educativo português. Mas, natural mente, é um momento de oportunidade se nós tivermos um pensamento sobre a Escola, um pensamento sobre a Educação, um pensamento sobre o sistema educativo e como é que o podemos e devemos desenvolver, identificando clara e inequivocamente as áreas, os domínios, em que é fundamental investir nos próximos anos. Penso que não será a troika, ou outra estrutura supra-nacional qualquer, que nos pode impedir de desenvolver determinadas políticas. É evidente que não ignoro que há constrangimentos financeiros, que todos conhecemos e que podem não nos permitir desenvolver as coisas de uma determinada maneira. Por isso, temos que ser inteligentes e criativos, e ter as pessoas mobilizadas”.

018. O anti-eduquês em discurso normativo

Eis que emerge triunfante o anti-eduquês, agora em discurso político legitimado e como referência normativa inscrita ao mais alto nível no Programa do XIX Governo. Trata-se de um facto inédito.
Licínio C. Lima

020. A prova dos factos

Não podendo menosprezar os resultados dos exames, não se pode, também, utilizá-los como a medida mais fiável de que dispomos para aferir o trabalho que se realiza nas escolas.
Ariana Cosme e Rui Trindade

022. Escola: ler, debater, libertar um mundo para o mundo

É necessário que o outro mundo, aparentemente cá fora, saiba ler, debater e libertar os professores e as escolas de tantos maus intentos com que os têm querido agrilhoar.
José Rafael Tormenta

024. TEIP: Escolas singulares

As escolas TEIP reúnem condições de maturidade para definirem alguns critérios de contratação do corpo docente, a par de um desenho organizacional próprio e de adaptações curriculares.
João Teixeira Lopes

026. Das competências básicas às provas de acesso à docência

As culturas e as práticas de ensino na educação básica e na formação de professores e o seu impacto na qualidade das aprendizagens dos alunos foram, ao longo dos últimos anos, objecto de intervenções críticas por parte do novo ministro da Educação.
Carlos Manuel Neves Cardoso

028. ELES TAMBÉM ENSINAM

Têm experiências de vida distintas e são casos atípicos no âmbito da docência e da formação. A PÁGINA foi ouvir as histórias de Ricardo, Miguel e Tomás. Não seguiram o percurso tradicional até chegarem às salas de aula; enveredaram por este caminho como recurso ou apenas por curiosidade. E gostaram.
Reportagem de Maria João Leite e Gonçalo Moreira da Silva

033. Currículos realizados nos cotidianos

Temos tentado problematizar os currículos realizados nos cotidianos das escolas públicas d ensino fundamental, em meio às redes de conhecimentos tecidas pelos sujeitos praticantes, ousando elaborar uma teoria das práticas.
Carlos Eduardo Ferraço

034. A Educação de amanhã é hoje

Uma educação que se define “para”, assume o adiamento do presente e coloca a sua consumação no futuro. No entanto, as escolas estão cheias de projectos “para”: educação para a saúde, para o consumo, para a cidadania, etc.
David Rodrigues

036. Da política ao planeamento, um terreno de acção e luta políticas

Os cenários futuros que podem ser delineados sugerem quanto a distribuição de poderes se encontra desequilibrada e como se mostra decisivo insistir em mobilizar.
Fátima Antunes

038. As dimensões subjectivas da qualidade de vida e do envelhecimento activo

O envelhecimento demográfico é um fenómeno à escala global, embora tenha mais expressão nos países desenvolvidos. Na Europa, e em particular em Portugal, nas próximas décadas, este fenómeno irá acentuar-se.
Dénis Conceição

040. Pedagogias e políticas da vida

Maximizar a vida, no sentido de torná-la totalmente estratégica, útil, sem desperdício de ações e energias, mostra-se o objetivo central da vasta gama de investimentos para ampliar o capital humano dos sujeitos.
Viviane Castro Camozzato

042. La cultura de las apariencias

La cultura de la apariencia se impone como uno de los rasgos de la sociedad. El ser es menos importante que el aparentar. El tener es más relevante que el ser. La apariencia es más apreciada que la autenticidad.
Miguel A. Santos Guerra

044. Indignación, también pedagógica-social

La crisis ha llegado demasiado lejos. Se ha vuelto intolerable e inexplicable, incluso en sus claves financieras. Insondable e impredecible en todas sus profundidades. Indignante.
José A. Caride Gomes

048. Mãos abertas em rede

São muitos os motivos que podem levar alguém a tropeçar na vida e a deixar de acreditar numa saída. São várias as pessoas que “caem” nas ruas e fazem delas a sua casa.
Reportagem de Maria João Leite e Teresa Couto

053. Ana Benavente: A Educação faz parte das novas exclusões

O II Encontro de Investigadores promovido pela Universidade Lusófona do Porto centrou-se num tema de enorme acuidade, Investigar em Educação e Mudança na Escola, propondo um debate de reflexão sobre os problemas, as exigências e o estatuto da investigação no século XX.
Vânia Cosme

054. Novo ano, velhos problemas

A Escola está no meio desta turbulência, que desencanta a quem se destina. De nada lhe valerá resistir à mudança, simplesmente porque tudo está a ser posto em causa e reequacionado. No desporto, também.
André Escórcio

056. Educar para o Desporto

Por detrás da actividade docente de Educação Física e Desporto há um corpo de conhecimentos científicos caquéctico, obsoleto, doentiamente envelhecido.
Manuel Sérgio

058. Saúde individual e colectiva como estratégia de intervenção global da saúde escolar

Uma das quatro áreas prioritárias contempladas no Programa Nacional de Saúde Escolar é a saúde individual e colectiva.
Nuno Pereira de Sousa

060. Os professores e a utilização da internet pelos mais novos

A partilha e a produção de conhecimento apresentam-se como um filão a ter em conta. Afinal, nesta área, a realidade altera-se a uma velocidade muito superior à que usamos quando escrevemos sobre ela.
Rui Tinoco

061. No futuro, sistemas energéticos (mais) plurais e eficientes?

A questão do emprego de fontes energéticas não poluidoras, ditas alternativas, sobretudo soluções minimizadoras da libertação de CO2 para a atmosfera, está na ordem do dia.
Francisco Silva

062. Gastronomia molecular

A gastronomia molecular não é uma tendência, mas uma ciência que estuda os fenómenos físico-químicos aplicados a uma das mais antigas actividades humanas: comer bem e bem servir.
Departamento de Conteúdos Científicos do Visionarium

064. RITA PESTANA

“Eu penso que, eventualmente, o peso e a influência das políticas pós-25 de Abril só começam a sentir-se, aqui na Madeira, passado um ano ou dois, com a alteração dos programas (...) com acções de formação para implementação dos novos programas, e aí com a presença de colegas vindos do continente, o que nos dá uma visão mais alargada do que está a acontecer a nível nacional. E há, também, uma importante alteração ao nível da direcção das escolas, que é a criação das delegações escolares a nível concelhio, que nada têm a ver com as actuais (...) Na altura, as delegações eram estruturas intermédias e efectivamente democráticas”.

071. A escola na alma

O VI Encuentro Iberoamericano de Colectivos Escolares y Redes de Maestras y Maestros que Hacen Investigación e Innovación desde la Escuela congregou mais de 800 professores e professoras da América Latina e de Espanha.
Carmen Sanches e Tereza Goudard

072. palácio e casa de habitação, num pátio, para o pessoal que servia o palácio.
Pascal Paulus

074. À espera do cânone

Descansados nas praias cosmopolitas ou nas aldeias onde ainda há leite e mel, preservemos a alma, tanto quanto possível, de conjecturas angustiantes sobre o cânone que o Outono nos reserva para preencher o vazio das expectativas.
Leonel Cosme

076. Esperteza, desonestidade, poder e crise

Há um sítio onde podemos começar o nosso trabalho de pessoas bem intencionadas: a Escola.

Não a da nossa “formação cívica” anquilosada, mas aquela onde haja idade para nos livrarmos
dos complexos, da violência e dos sonhos por dominar.
Luís Vendeirinho

078. Um inquietante silêncio

Conhecido como um intelectual marxista de marcante inteligência, com uma ponta de rigidez provocadora, elegante e ferina no seu staccato argumentativo, Nicos Poulantzas nasceu na Grécia.
Ivonaldo Leite

080. ISABEL PIRES DE LIMA

“Se, ao nível do ensino, não cruzarmos o incentivo ao desenvolvimento do pensamento cognitivo com o incentivo ao desenvolvimento do pensamento emocional (designadamente, através das artes e das manifestações de Cultura no sentido variado do termo), provavelmente não conseguimos ter sucesso ao nível da Educação de cidadãos capazes de reconhecerem, por exemplo, aquilo que são as narrativas éticas que ainda orientam as nossas comunidades.

Estamos permanentemente a dizer que se perderam valores, que os jovens não reconhecem os valores que organizam a comunidade – ora, o reconhecimento desses valores faz-se muito através de um desenvolvimento equilibrado entre pensamento emocional e cognitivo”.

091. Novamente os Ghibli

Os filmes de Miyazaki são excitantes e fantásticos. As suas heroínas são aventureiras e activas, mas também piedosas, comunicativas, pacifistas e virtuosas.
Paulo Teixeira de Sousa

092. O menino dos botões

Era uma vez em menino chamado Diogo. Tinha uns olhos cor de amêndoa e um sorriso lindo, porque também sorria com os olhos.
Nelson Diogo F. Magalhães

095. As fichas

Naquele ano tive que interromper, por uns meses, em licença de parto, a actividade. Mas já tinha começado com as aulas…
Angelina Carvalho

096. Empurrados para os ecrãs

Telemóvel, televisão, computador… Os meios digitais vieram promover novas formas de sociabilidade, novos modos de estar e de comunicar. Hoje, a esplanada é muitas vezes trocada pelo encontro nas redes sociais.
Sara Pereira

098. Começo a corrigir-me depois da escrita

Na Póvoa de Varzim, cidade do litoral norte português cheia de carácter, decorre anualmente um evento literário denominado “Correntes d’Escritas” que decerto encheria de orgulho o seu filho dilecto Eça de Queirós.
Júlio Conrado

100. LÁPIS DE COR

Levei lápis de cor ao Senegal. E eles levaram-me a escolas, à rua, a crianças em todo o lado.
Reportagem fotográfica de Teresa Couto

108. Lembranças da primeira escola

Ela começou a falar daquela escola pequena, instalada num edifício que já tinha sido cavalariça do mento da educação brasileira na virada do século XX para o século XXI.
Dermeval Saviani