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Edição nº 210 da revista aPágina

dezembro 2017
Fabricante: Profedições
€4,00

004. EDITORIAL Parabéns, PÁGINA! Obrigada a todos! Isabel Baptista

006. Nos 25 anos da PÁGINA, a voz de leitores Ana Camões, Conceição Soares, João Paulo Dupont, José Paulo Oliveira, Júlio Roldão, Paulo Correia e Paulo Esperança

008. MARIA EMÍLIA BREDERODE SANTOS

“… o que é preciso é que as pessoas não estejam concentradas apenas na obrigação estrita de alcançarem bons desempenhos e bons resultados nas áreas mais restritas. Isso é muito limitativo e socialmente muito injusto, porque há meninos que fora da escola têm uma vida cultural e experiencialmente rica e outros que não, e para esses é necessário que a escola tenha o papel de despertar para outras coisas, mais bonitas e mais enriquecedoras. (…) Eu defendo que o currículo deve ser revisto regularmente. Não sei se é de cinco em cinco anos ou de 10 em 10, mas sei que devia ser revisto com uma certa periodicidade e por uma instituição profissional – sondando as pessoas, evidentemente, a ‘sociedade civil’, mas feito por profissionais.” Entrevista conduzida por António Baldaia

016. Encruzilhadas 
O projeto de autonomia e flexibilidade curricular assume um conjunto de riscos que é necessário correr para que as escolas se vinculem como espaços de formação pertinente e significativa, capazes de gerar aprendizagens sólidas e de contribuir para que os alunos se assumam humanamente mais capazes. Ariana Cosme e Rui Trindade

018. Observação interpares Observação interpares não é avaliação de desempenho docente: é uma avaliação formativa que deverá contribuir para melhores práticas pedagógicas; pretende que os professores resolvam, em grupo e em trabalho colaborativo, situações de vária índole; centra-se sempre na aula, nunca no docente. José Rafael Tormenta

020. Experiência e exercício 
No exercício, o erro verifica-se quando não se sabe seguir a trilha predefinida que levará ao resultado conhecido; na experiência, é a forma indispensável para encontrar estratégias que podem levar a entender e a resolver uma situação-problema. David Rodrigues

022. Educação Artística: que lugar no Ensino Básico? É hoje indiscutível o lugar de excelência que a educação artística devia ocupar no processo de desenvolvimento das condições de aprendizagem e formação da população escolar, designadamente no Ensino Básico. Manuel Matos

024. Olhares sobre a profissão docente
Ouvir educadores e professores sobre o seu percurso e a forma como olham a profissão. Este foi o ponto de partida para uma conversa em torno da condição docente, promovida pela PÁGINA, que juntou docentes de diferentes gerações em torno de uma mesa. Posteriormente, as conclusões foram comentadas por Américo Peres, José Antonio Caride, Rui Assis e Xosé Manuel Cid Fernández. Maria João Leite

034. A educação crítica de Tedesco 
Faria bem aos responsáveis pelas políticas educativas aproveitar o legado de uma das mentes mais lúcidas na educação. Se o fizessem, com certeza poderíamos esperar uma educação melhor e mais justa. Xavier Bonal

036. Votar con la cartera La educación ha de ponerse al servicio de las personas y no de los mercados. La educación ha de plantearse la búsqueda de la solidaridad y de la equidad. Para ser ciudadanos tenemos que saber manejar el dinero con criterio y tener una ética del consumo. Miguel Santos Guerra

038. O verão do nosso descontentamento
Um artigo no jornal Público não terá atraído a atenção do leitor comum, apesar do título retumbante: “O fim do mundo é tão complicado como parece”. Leonel Cosme

056. Excelência acadêmica 
A adoção de políticas de ação afirmativas por universidades públicas brasileiras tem enfrentado sérios desafios: ensino, pesquisa e extensão universitária fazem face a visões de mundo e projetos de sociedade distintos, até mesmo opostos. Petronilha Beatriz Silva 058. A nova onda neoliberal na educação superior brasileira Continua longe de poder ser cumprido o apelo de Anísio Teixeira e de outros intelectuais brasileiros, nos idos de 1930, em defesa da escola pública e da educação como condição de não privilégio. Rovênia Amorim Borges

060. ROGER DALE
“Alguém que eu ache que seja um bom professor pode não ser necessariamente um bom professor para outros. Consigo pensar em dois exemplos. Um professor de artes manuais – e eu sou completamente inútil nessas coisas –, era um bom professor, mas não para mim. Havia miúdos com trabalhos de madeira tão bons como os dos professores. E não há nenhum problema nisso. E um outro, que nos dois últimos anos de escola, teve de ensinar-nos, mas não tinha programa. E então disse que íamos ler umas peças e alguma poesia, e depois falar sobre isso. Aí comecei a aprender coisas, não porque estavam nos manuais, mas porque eram interessantes.” Entrevista conduzida por Maria João Leite

066. Hierarquias, rituais e tradições 
Algumas ‘tradições’ parecem doenças infantis que voltam a provocar danos sempre que se abrande o plano de vacinas. Entre elas, há uma com vários nomes, que atravessa o sistema educativo. Pascal Paulus

068. A mediação como modelo para a intervenção socioeducativa A mediação socioeducativa promove, orienta e acompanha o encontro entre indivíduos, entre estes e o meio social ou entre estes e a cultura. O mediador faz propostas, desvela o desconhecido, promove a curiosidade, convoca o imaginário, conferindo outras possibilidades à realidade. Paulo Delgado

040. Pistas para lidar com o empobrecimento do pensamento É fundamental transformar o fluxo em experiência relatada. Só a experiência é partilhável. Mas só a experiência crítica se funda no diálogo com os factos e com os alicerces éticos da ação. João Teixeira Lopes

042.A incultura como fator de exclusão Inquietações acerca de lacunas que podem comprometer a democraticidade da educação, deixando de fora das preocupações formativas as condições imprescindíveis para uma real participação dos indivíduos na sociedade e para a realização da sua dignidade. Adalberto Dias de Carvalho

044. Educação: valores e contravalores Toda a gente fala em Educação, esquecendo que há muitas pessoas que a estudam. Que até existem as Ciências da Educação... Se o são no sentido mais exigente, é algo sem grande interesse. Importante é avançar, fazer estudos rigorosos e educar melhor. Carlos Mota

046.Educação, currículo e valores É tempo de ser, para respirar, existir e coexistir. É tempo de questionar. É urgente renovar a Escola: o currículo e as práticas pedagógicas têm de ser espaços e tempos para cultivar valores maiores. Emanuel Oliveira Medeiros

048. FRANCISCO SALGUEIRO OLIVEIRA 
“Não vemos a ética como algo que precisamos de ir buscar e juntar à profissão para a exercer bem. A ética é algo que está com os professores e se faz sentir no dia a dia. Quando o professor está a trabalhar com um grupo de alunos e se preocupa que eles tenham um desenvolvimento integral, quando trabalha com alunos tão diversos, o professor não está a pensar o que é que eu preciso aqui da ética para agir?” Entrevista conduzida por Maria João Leite

052. Formação de adultos seniores: o caso da UniOlisipo
As motivações dos que procuram formações são cada vez mais diferenciadas e, em função disso, os conceitos de educação de adultos têm vindo a ser ajustados às novas realidades. Carlos Cardoso e Isaura Pedro 054. Sistema unitário não será armadilha para a uniformização É a missão e a cultura institucional de cada universidade que vai desenhando a sua identidade e a sua especificidade e estabelecendo as suas diferenças relativamente às demais. Ricardo Vieira

070. Mais igual a menos?! Na reunião de professores em que criticou as aulas prontas ficou muito mal vista. Parece que ninguém, além dela, conseguia olhar para o esvaziamento do trabalho docente, reduzido a controlar a disciplina e o tempo que os alunos levavam para realizar as tarefas previstas. Raquel Goulart Barreto

072. A máquina, os pingos de chuva e a ferrugem 
Há uma certa ausência de questionamento sobre a máquina. Há silêncios a mais. Há braços caídos e até mesmo uma sensação de que não vale a pena. É mais fácil manter a rotina do que molhar o fato perante a chuva de críticas que a todo o momento cai. André Escórcio

074. Juventude e drogas: como evitar ‘infernos’ e desfazer ‘demónios’ 
Fruto da incapacidade ou pouca disponibilidade para educarmos os nossos jovens de outra forma, alguns deles experimentam substâncias psicoativas que lhes facilitam sensações novas. E continuarão a fazê-lo. Simão Mata

088. MIRA: um projeto de arte, vivo e com alma Rua de MIRAflor, MIRA fotográfica, MIRAr o futuro com olhos de esperança. Assim é o projeto de Manuela Matos Monteiro e João Lafuente: ela antiga professora, ele antigo informático, ambos fotógrafos. Reportagem de Maria João Leite e Ana Alvim (fotografia)

090. ORA DIGA LÁ… Manuela Matos Monteiro 
A fundadora do Espaço Mira falou à PÁGINA sobre educação e a sua experiência como professora. Maria João Leite

092. Difícil é viver bem Para que o ensaio seja um ensaio, a sua génese radica numa ideia, ou num lugar, cujas aberturas nem sempre se fazem em direção à claridade ou à explicação de qualquer coisa que se considera à partida incerta e mal formada. Paulo Nogueira

094. Sobre a tradução poética Ligada de uma forma muito material à morfossintaxe e ainda mais à fonética de uma língua, a poesia está, além do mais, restringida por sistemas prosódicos específicos. José Miguel Lopes

096. Um famalicense no Algarve Não há época ou acontecimento da vida nacional, na sua conexão algarvia, que a mente perscrutadora (e escrutinadora) de Vilhena Mesquita não tenha retido para reflexão e suporte de trabalho. Júlio Conrado

098. Uma sedução feita cinema “A Primeira Noite” consegue ser ao mesmo tempo cómico e trágico, numa escala edipiana. Como todas as boas comédias, termina num casamento. Paulo Teixeira de Sousa